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NUH

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Núcleo de direitos humanos e cidadania LGBTQIA+

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nuh@fafich.ufmg.br
(31) 3409-6287
Sala 2003 – Fafich

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Informações das Movimentações Estatais Anti-Gênero no Brasil (2019-2024) 🔎

As informações aqui organizadas agora como um banco de acesso de dados foram coletadas coletivamente desde o ano de 2019. No entanto, foi durante o período de residência de pesquisa junto ao Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares da Universidade Federal de Minas Gerais no ano de 2024 que sua organização ganhou este formato. A residência de pesquisa no IEAT foi uma experiência centrada na dedicação e desenvolvimento de projeto de pesquisa intitulado “As ofensivas contra o gênero na gramática estatal no período de 2019 a 2022 no Brasil”. Os pesquisadores Marco Aurélio Máximo Prado e Marcelo Andrade Cattoni coordenaram esta iniciativa.

São Paulo – Manifestantes protestam contra e a favor da participação da filósofa Judith Butler no seminário Os Fins da Democracia realizado pelo Sesc Pompéia, em parceria com a Universidade da Califórnia. Foto: Rovena Rosa, Agência Brasil.

A despeito deste contexto institucional, os dados e informações aqui expostos foram coletados durante os anos do Governo Bolsonaro através de um esforço coletivo de pesquisa de um grupo coordenado pela organização Sexuality Policy Watch sob direção da pesquisadora Sonia Corrêa. Este grupo intitulado RUINOLOGIA congregou pesquisadores/ras e doutorandos/ras com o intuito de analisar em tempo presente as ações governamentais que visavam produzir e fomentar políticas contra o gênero desde o Estado Brasileiro. Soma-se neste esforço posterior estudantes de pós-graduação que tendo interesse específico em estudos sobre as ofensivas antigênero colaboraram na organização dos dados aqui acessíveis. O banco que aqui apresentamos possui três dimensões: garantir que a memória seja preservada sobre os anos de ações programáticas nas políticas públicas contra o gênero no Brasil de forma sistemática, produzir uma história do presente contada a partir de documentos e dados empíricos e por fim dar acesso a novas pesquisas que se interessem pelos temas aqui versados.


MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS

Fachada do bloco A, na Esplanada dos Ministérios, o qual fazem parte o Ministério da Cidadania, a Controladoria-Geral da União (CGU/PR) e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Foto: Roque de Sá, Agência Senado.

Olá! Sejam bem-vindxs ao repositório de informações sobre a Ofensiva contra o Gênero no Brasil. Nesta compilação, você terá acesso a uma série de documentos EXTRAORDINÁRIOS, OFICIAIS e INSTRUCIONAIS de produção as ações políticas contrárias ao gênero no cenário brasileiro e sua conexão com uma abordagem transnacional, com foco particular nas ações durante o período do governo Bolsonaro (2019-2022).

O epicentro destas ações está nas articulações do ex-Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e suas parcerias com entidades conservadoras, religiosas e outros órgãos ministeriais do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022). Dessa forma, disponibilizamos aqui elementos fundamentais para compreender a complexa dinâmica de governança estatal contrária ao gênero: a filtragem infralegal e moral das políticas; as iniciativas públicas voltadas para o uso da tecnologia familista; as colaborações técnicas na produção acadêmica relacionada a questões morais e familiares; e as estratégias político-discursivas que se baseiam em afetos político como elo mobilizador da sociedade.

Além disso, apresentamos também algumas das iniciativas de resistência à ofensiva provenientes do campo jurídico e de movimentos sociais. Desejamos, portanto, uma agradável exploração em nosso Banco de Informações que devem ser entendidas como tecnologias de estado utilizadas para a produção de políticas contra o gênero neste período no Brasil!

Extraordinários
442 documentos

Oficiais
137 documentos

Instrucionais
24 documentos

Extraordinários

Este espaço oferece acesso aos documentos extraordinários em cada uma de suas subcategorias. Os registros abordam as repercussões do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) através de informações em linguagem audiovisual, visual, sonoro e jornalísticas. Além de textos em primeira versão, ainda não definitivos do MMFDH, que podem estar em conjunto com outros ministérios governamentais ou organizações religiosas conservadoras presentes no governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).

Audiofônicos
2 documentos

Matérias audiovisuais
62 documentos

Matérias jornalísticas
377 documentos

Minutas
1 documento

Oficiais

Este espaço oferece acesso aos documentos oficiais em cada uma de suas subcategorias. Os registros são de natureza oficial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) da época e podem estar em conjunto com outros ministérios governamentais ou organizações religiosas conservadoras presentes no governo de Jair Bolsonaro (2019-2022). Contém também arquivos de interferências do judiciário brasileiro a ofensiva antigênero, no sentido de assegurar a democracia e inconstitucionalidade de dadas ações do Governo. Os documentos aqui postos produziram efeitos de ordem jurídica e impactam na estrutura legal, política e social do país. Podem ser encontrados nesta seção: decretos, leis, editais, acordos de cooperação, ofícios, portarias, projetos, requerimentos, entre outros.

Ações
2 documentos

Currículos
22 documentos

Decretos
9 documentos

Discursos e pronunciamentos
1 documento

Editais
26 documentos

Extrato de cooperação técnica
9 documentos

Extrato de execução e descentralização
3 documentos

Extrato de convênios
6 documentos

Leis
2 documentos

Medidas provisórias
1 documento

Notas técnicas
7 documentos

Ofícios
2 documentos

Planos
1 documento

Portarias
17 documentos

Projetos de leis
3 documentos

Relatórios
3 documentos

Requerimentos
1 documento

Instrucionais

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM/ONU), lança o “Guia de Orientação em Direitos Humanos”, voltado a imigrantes venezuelanos. Foto: Agência Brasil.

Você pode acessar os documentos instrucionais em cada uma de suas subcategorias neste espaço. São registros de natureza oficial com o objetivo de difundir conhecimento e orientar práticas relacionadas a políticas e programas governamentais do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022). Estão disponíveis aqui documentos tais como cartilhas, planos de ação, fóruns, relatórios manuais, entre outros.

Cadernos
10 documentos

Cartilhas
3 documentos

Fóruns
2 documentos

Manuais
6 documentos

Planos de ação
1 documento

Relatórios de contextualização
2 documentos


DOCUMENTOS ORGANIZADOS POR CATEGORIA

Estratégias político-discursivas (2013-2018)

Um conjunto de movimentos religiosos, conversadores e extremistas influenciam as políticas contra o gênero no Brasil. Essas movimentações começaram com estratégias políticas e discursivas sobre temas como genocídio de crianças indígenas, erotização infantil, aborto, “ideologia de gênero” na escola e campanhas de desinformação que focavam na produção de um pânico moral. Assim, considerando esses elementos, essa seção reúne uma coleção de documentos que abordam o assunto desde o início da implementação de uma gramatica antigênero no Brasil, anterior a institucionalização dela enquanto política de Estado.

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53 documentos

Programa Abrace o Marajó

Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, durante cerimônia de Lançamento do Programa Abrace o Marajó. Foto: Agência Brasil.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou em 2020 o Programa Abrace o Marajó com o objetivo de “aumentar as chances de emprego e melhorar a educação, a saúde e a dignidade da população do arquipélago do Marajó, estado do Pará”. Essa política foi alvo de várias denúncias a órgãos de controle, como o Ministério Público do Pará e o Ministério Público Federal, devido à falta de participação social de representantes da sociedade civil no seu conselho de gestão.

Além disso, é essencial identificar os conflitos de interesses internacionais que surgiram em relação à EXPOMARAJÓ entre o MMFDH e os Emirados Árabes a partir da criação desse programa. O Abrace o Marajó esteve na mira de campanhas de desinformação e pânico moral orquestrados pela extrema-direita brasileira sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes no Marajó, o que prejudicou a pauta dos direitos humanos no contexto e erosão do processo democrático. Por isso, essa seção contém alguns documentos relacionados ao assunto. Entendemos este programa como uma espécie de laboratório de ações contra o gênero instaladas nas ações estatais.

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16 documentos

Políticas Públicas familistas

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lançam a Campanha Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência. Foto: Agência Brasil.

Do ponto de vista de grupos que compõem a ofensiva transnacional antigênero, o gênero é considerado um conceito ideológico, na perspectiva de ser, falso, que negaria a “natureza humana” heterossexual e levaria à desnaturalização do sexo. Isso acarretaria, neste ponto de vista, à destruição do modelo familiar tradicional e os princípios que o envolvem. Para esses atores, estes valores seriam essenciais para a construção da identidade nacional de um país através de uma leitura pouco rigorosa da Constituição.

Devido a isso, Jair Bolsonaro afirmou no seu discurso de posse em 2019: “Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas”. Dessa forma, esta seção apresenta uma variedade de documentos relacionados às políticas públicas familiares contra o gênero e reforçadoras da noção de família desse governo específico, destinadas aos Programas Famílias Fortes, Equilíbrio Trabalho-Família, Famílias Acolhedoras, Reconecte e Mães Unidas.

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142 documentos

Articulação Interministerial

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves,participa da cerimônia de lançamento da Campanha de Conscientização sobre Medidas Preventivas e Vacinação contra a Covid-19, e o lançamento da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. Foto: Agência Brasil.

É inegável que a introdução da ofensiva de uma ideologia antigênero na política estatal brasileira leva a figuras importantes do campo ultraconservador a serem instaladas no aparato de gestão federal. Em 2019, as nomeações icônicas da pastora evangélica Damares Alves para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; do patriota e liberal-conservador cristão Ricardo Veléz para o Ministério da Educação e Cultura; e, do diplomata de visões políticas de extrema-direita Ernesto Araújo para o Ministério das Relações Exteriores são icônicas neste sentido já que alojaram na alta burocracia governamental do Brasil representantes das principais correntes do combate ao “gênero”. Por isso, esta seção apresenta alguns documentos que foram produzidos a partir da cooperação interministerial do Governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) acerca da produção da ideologia de gênero enquanto gramática de estado e suas repercussões.

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71 documentos

Documentos Infralegais

A ofensiva antigênero enquanto gramática de Estado requer a implementação de estruturas e práticas de gestão pública sofisticadas, no sentido de camuflar questões infrajurídicas como sendo legais. Esse intuito objetiva justificar as diretrizes normativas para a criação de programas, ações e políticas de governo como base em princípios morais, familistas e cristãs que não estão previstos na lei e ocasionam uma erosão à democracia. Isso difere, por exemplo, das táticas políticas usadas na sociedade civil para a perpetuação de discursos antigênero, que nem sempre precisam seguir a gramática regulamentada pelo governo. Por isso, nessa seção encontram-se alguns documentos oficiais relativos à produção do enquadramento infralegal da ofensiva contra o gênero no Brasil. Espera-se que tais sejam um caminho inicial para situar e interpretar criticamente as tensões criadas por essa produção, especialmente aquela de caráter infralegal existente.

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48 documentos

Articulações transnacionais

Ângela Gandra Martins em palestra na IV Cúpula Transatlântica da Political Network for Values. Foto: Divulgação/Political Network for Values.

Nos últimos anos, foi estabelecida uma dinâmica transnacional de ofensiva contra o gênero pelo mundo. Esse fenômeno de emergência de movimentos conservadores católicos, respaldados pela hierarquia vaticana, enquanto uma resposta ao avanço das demandas feministas e LGBT+ nas conferências internacionais da Organização das Nações Unidas nos anos de 1990, se expandiu nas décadas de 2000 e 2010 a grupos políticos, evangélicos, conservadores seculares, ultranacionalistas, neoconservadores, entre outros. E, a partir de 2019, no Brasil, com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder, a ideologia antigênero foi transportada para a gramática do Estado, como já acontecia na Hungria, Polônia, Rússia e Turquia. O Brasil também se tornou um centro e campo experimental da extrema-direita, facilitando a troca de informações e estratégias em relação à política antigênero. Diante desse panorama, esta seção inclui alguns documentos que retratam a articulação transacional do Brasil na ofensiva contra o gênero.

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85 documentos

Articulações religiosas

Desde os anos 2000, diversos países têm sido alvo de ataques contra o gênero. Esse fenômeno tem por objetivo demonizar a ideia de gênero para refundar uma noção de sociedade tradicionalista. No Brasil, esses impactos têm sido observados em vários ataques promovidos por defensores de uma ideologia contra o gênero, vinculados a grupos católicos e evangélicos, como os advindos através de figuras políticas como Ângela Gandra e Damares Alves. Neste cenário brasileiro, a ofensiva também está relacionada ao crescimento rápido da extrema-direita e ao fortalecimento do movimento como parte da política governamental, refletindo assim a onda contra o gênero nas Américas e os constantes ataques à democracia.

No entanto, essas ações antigênero não tem sua origem nas Américas, mas sim começaram a surgir nos anos 1990 como uma resposta estratégica do Vaticano diante do reconhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos pela ONU. Entretanto, a América Latina e o Brasil desempenhando um papel fundamental, para as forjas discursivas antigênero pelo Vaticano. Um exemplo disso foi a Conferência Episcopal do Peru em 1998, onde o termo “ideologia de gênero”, aparece pela primeira vez em um documento eclesial intitulado “Ideologia de gênero: seus riscos e alcances”.

Outras ações eclesiásticas ocorreram na América Latina, como a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe (Celam) em Aparecida, Brasil (2007) presidida pelo Papa Bento XVI. E, um aspecto interessante no caso brasileiro acerca da questão, seria compreender a influência da Igreja Católica nesse contexto, uma vez que seus ataques mais expressivos não vêm por meio dela, mas de fiéis ligados a movimentos pró-vida, pró-família, dentre outros que miraram as políticas sexuais e o campo dos direitos sexuais reprodutivos; destacando a postura e o chamado da Igreja para a ação dos cristãos. Algo diferente no meio evangélico que tem no ativismo político partidário brasileiro e nas instituições de cunho evangélico, suas articulações de considerável impacto.

Diante desse panorama, esta seção inclui alguns documentos que retratam a articulação religiosa no Brasil e suas reverberações com a gramática estatal.

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51 documentos

Movimentos de resistência

Uma tarefa importante é compreender a emergência, consolidação e organização de atores e grupos políticos que constituem a ofensiva contra o gênero em todo o mundo, fortalecendo posições políticas e coletivas voltadas aos direitos humanos nas democracias atuais. Assim como mapear as estratégias de combate a “ideologia de gênero” enquanto fenômeno transnacional em cada país. Em relação ao Brasil, esta seção apresenta alguns documentos que mostram reivindicações e denúncias dos movimentos sociais e ações travadas no poder judiciário brasileiro, como uma possibilidade de resistência e proteção da democracia brasileira acerca das influências da gramática estatal antigênero do governo Bolsonaro (2019-2022).

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55 documentos


Uma história da Ofensiva Antigênero no Brasil por Meio de Imagens

Você pode acessar os acervos digitais neste local, que incluem uma variedade de imagens e capturas de tela sobre os desdobramentos das ações políticas contra o gênero no Brasil. O objetivo é traçar uma história da ofensiva transnacional antigênero no contexto brasileiro por meio de imagens, como o propósito de proporcionar ao público o conhecimento dos principais protagonistas e questões envolvidas da agenda política reacionária antigênero, tanto em relação às estratégias político-discurssivas conservadoras quanto às políticas de estado construídas no governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).

Entre em contato através de nuh@fafich.ufmg.br para ter acesso às 547 imagens


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Você também pode contribuir para este banco de dados. Entre em contato através do e-mail nuh@fafich.ufmg.br para enviar documentos relacionados à ofensiva antigênero no Brasil!


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